Toda linguagem traz em si um conteúdo por detrás de seus símbolos. Podemos também chamar a esse conteúdo de substância. Assim, toda linguagem falada, científica, artística, simbólica ou filosófica traz em si um conteúdo, uma substância.
Com tantas linguas faladas no mundo e com todas as suas variantes em dialetos, acentos etc... qual seria a linguagem universal?
E mesmo entre as diferentes linguagens de arte, qual seria a linguagem comum a todas, escondida por entre sua substância, seu conteúdo?
Me refiro à Matemática. E, mais profundamente, à Matemática Pitagórica que consistia em bem mais do que as operações numéricas de que fazemos uso hoje como aritmética, álgebra,
trigonometria, geometria, etc.
Para Pitágoras (Grécia, 570 a.C.-497 a.C.) e seus discípulos eram Quatro Portais que conduziam o ser humano ao Templo da Iniciação: a Aritmética, a Geometria, a Astronomia e a Música (Harmonia).
Nas escolas de hoje, todos somos iniciados na matemática: álgebra, geometria, e um pouco de trigonometria. Para mais do que isso, precisamos nos especializar (em engenharia, por exemplo) para adentrarmos no campo dos Cálculos diferencial e integral, Analítica, Descritiva, etc. Especializando-se mais, alguns podem chegar à Astronomia - o Terceiro Portal segundo os pitagóricos.
E a Música? Somos iniciados em música na escolas? Nem sempre, mas somos iniciados em música durante a própria vida! Mas, então, como educar-se para a revelação de seu conteúdo, sua substância?
Beethoven disse que "a Música é uma Revelação muito mais sublime do que a Sabedoria e a Filosofia". Disse que ela "é a única introdução incorpórea no mundo superior do Saber, esse mesmo mundo que rodeia o homem cujo significado interior não se percebe pelos conceitos reais".
Qual seria, então, a linguagem comum à Matemática e à Música?
A resposta está escrita no pórtico de entrada do Templo da Iniciação de Pitágoras:
"Nada entra que não seja Geometria!"
Pitágoras dizia a seus discípulos que Deus cria geometrizando. Através da geometria, podemos entender toda a beleza da criação!
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