quinta-feira, 31 de março de 2011
O poder de cura da música de Beethoven e Ligeti
Kathia Rocha nos enviou esta matéria que saiu no Globo dia 29 de março de 2011 sobre o poder de cura da música que conversamos no último fórum.
terça-feira, 15 de março de 2011
Música Multidimensional
Cada parte contém o todo. Esta premissa do modelo holográfico pressupõe que cada parte nossa possui o modelo total de nós mesmos. Por exemplo, fisicamente cada célula contém toda a nossa constituição genética. Em termos de energia, o padrão de energia em cada célula contém nosso completo padrão de consciência. Logo, somos tudo que existe. Quando exploramos nosso ambiente interior, também exploramos o universo.
Na estética musical esta premissa é caracterizada pela integração, na qual sinais musicais são aproximados e unidos como um todo, como a integração das três dimensões tradicionais (sucessão, simultaneidade e convergência) em um plano multidimensional.
O quarteto de cordas Fragmente-stille, an diotima (1980) de Luigi Nono (1924-1990) é uma obra multidimensional que impele os intérpretes a criar uma percepção intuitiva da consciência. Ao sugerir um diálogo entre a música e um interlocutor imaginário, os músicos se tornam simultaneamente os principais ouvintes, o locutor imaginário e o objeto de experiência, como se estivessem criando um diálogo entre os planos internos e externos.
Nesta partitura musical, o valor de cada nota é marcado da maneira tradicional mas com uma rede de fermatas superpostas que desaceleram o fluxo do tempo. Apesar destas fermatas estarem posicionadas em sequência de acordo com um princípio quase serial, um elemento surpreendente intercede às vezes: a uma nota curta pode ser dada uma fermata muito longa e, por outro lado, a uma nota muito longa pode ser dada uma fermata breve. Os músicos devem decidir os valores finais das notas. Nono sugere como os músicos possam respirar e os estimula a sonhar, a sempre pensar de maneira diferente e a permitir seus próprios ouvidos e rítmos internos a lhes guiar.
O resultado final da fracionalização intensa dos sons nesta peça é que cada fragmento contém o todo. É uma integração de cada fragmento em uma linha de tempo interrompida em diversas maneiras.
segunda-feira, 7 de março de 2011
A Linguagem Universal - Pitágoras
Toda linguagem traz em si um conteúdo por detrás de seus símbolos. Podemos também chamar a esse conteúdo de substância. Assim, toda linguagem falada, científica, artística, simbólica ou filosófica traz em si um conteúdo, uma substância.
Com tantas linguas faladas no mundo e com todas as suas variantes em dialetos, acentos etc... qual seria a linguagem universal?
E mesmo entre as diferentes linguagens de arte, qual seria a linguagem comum a todas, escondida por entre sua substância, seu conteúdo?
Me refiro à Matemática. E, mais profundamente, à Matemática Pitagórica que consistia em bem mais do que as operações numéricas de que fazemos uso hoje como aritmética, álgebra,
trigonometria, geometria, etc.
Para Pitágoras (Grécia, 570 a.C.-497 a.C.) e seus discípulos eram Quatro Portais que conduziam o ser humano ao Templo da Iniciação: a Aritmética, a Geometria, a Astronomia e a Música (Harmonia).
Nas escolas de hoje, todos somos iniciados na matemática: álgebra, geometria, e um pouco de trigonometria. Para mais do que isso, precisamos nos especializar (em engenharia, por exemplo) para adentrarmos no campo dos Cálculos diferencial e integral, Analítica, Descritiva, etc. Especializando-se mais, alguns podem chegar à Astronomia - o Terceiro Portal segundo os pitagóricos.
E a Música? Somos iniciados em música na escolas? Nem sempre, mas somos iniciados em música durante a própria vida! Mas, então, como educar-se para a revelação de seu conteúdo, sua substância?
Beethoven disse que "a Música é uma Revelação muito mais sublime do que a Sabedoria e a Filosofia". Disse que ela "é a única introdução incorpórea no mundo superior do Saber, esse mesmo mundo que rodeia o homem cujo significado interior não se percebe pelos conceitos reais".
Qual seria, então, a linguagem comum à Matemática e à Música?
A resposta está escrita no pórtico de entrada do Templo da Iniciação de Pitágoras:
"Nada entra que não seja Geometria!"
Pitágoras dizia a seus discípulos que Deus cria geometrizando. Através da geometria, podemos entender toda a beleza da criação!
Com tantas linguas faladas no mundo e com todas as suas variantes em dialetos, acentos etc... qual seria a linguagem universal?
E mesmo entre as diferentes linguagens de arte, qual seria a linguagem comum a todas, escondida por entre sua substância, seu conteúdo?
Me refiro à Matemática. E, mais profundamente, à Matemática Pitagórica que consistia em bem mais do que as operações numéricas de que fazemos uso hoje como aritmética, álgebra,
trigonometria, geometria, etc.
Para Pitágoras (Grécia, 570 a.C.-497 a.C.) e seus discípulos eram Quatro Portais que conduziam o ser humano ao Templo da Iniciação: a Aritmética, a Geometria, a Astronomia e a Música (Harmonia).
Nas escolas de hoje, todos somos iniciados na matemática: álgebra, geometria, e um pouco de trigonometria. Para mais do que isso, precisamos nos especializar (em engenharia, por exemplo) para adentrarmos no campo dos Cálculos diferencial e integral, Analítica, Descritiva, etc. Especializando-se mais, alguns podem chegar à Astronomia - o Terceiro Portal segundo os pitagóricos.
E a Música? Somos iniciados em música na escolas? Nem sempre, mas somos iniciados em música durante a própria vida! Mas, então, como educar-se para a revelação de seu conteúdo, sua substância?
Beethoven disse que "a Música é uma Revelação muito mais sublime do que a Sabedoria e a Filosofia". Disse que ela "é a única introdução incorpórea no mundo superior do Saber, esse mesmo mundo que rodeia o homem cujo significado interior não se percebe pelos conceitos reais".
Qual seria, então, a linguagem comum à Matemática e à Música?
A resposta está escrita no pórtico de entrada do Templo da Iniciação de Pitágoras:
"Nada entra que não seja Geometria!"
Pitágoras dizia a seus discípulos que Deus cria geometrizando. Através da geometria, podemos entender toda a beleza da criação!
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